sábado, 31 de agosto de 2013

Escrever, para quê?

 
Escrevo para mim, para acalentar minhas dores, abraçar dissabores, envolver-me em um sem fim de ais... E assim, como numa catarse, me despeço de sentimentos ruins, ou inaceitáveis. Pois não cabem em mim. Quero sentir-me livre, como agora, ao escrever sonhos e possibilidades. Seria isto o tal Fluxo de Consciência de que falava o Paulo? O simples ato de escrever o que vem a mente, sem intermediários. Sem a imaginação, sem críticas, soltar na folha, na forma ritmada da respiração o que os pensamentos dizem. E vão assim, desta maneira delicada, aninhando-se no papel. Aos poucos consigo me acalmar. É impressionante o efeito lenitivo da escrita em minha alma. As canetas sempre me seduziram, e os papéis... Ah os papéis, infinidade deles, de todas as cores e tamanhos. Dos grandes, que me permitem ultrapassar a lua, aos mínimos, que me permitem compactar um sorriso. Ah sim, só um sorriso, pois que a minha gargalhada, para tentar escrever, bem, no mundo faltaria papel!









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