Ainda lembro o primeiro dia de aula. Renato, meu namorado, me deixou na faculdade e iria me buscar ao término da aula. Contudo, a enxaqueca teimava em se fazer presente. Mesmo medicada, ela aumentava. Liguei para o Renato e falei que estava mal, mas que teria que ficar pelo menos meia hora para conseguir alguém que pudesse me passar a matéria. E apareceu o professor, 'lindo, loiro, quase um lord' e deu um show. Mesmo com dor era impossível sair da sala. Era contagiante. Ele sempre dizia que era amado e odiado na mesma proporção. Acho que era exagero. Como em tudo... Ele era grande. Tão grande que, até mesmo a bactéria que o levou, era grande. Tão grande que superou a medicação e o tomou nos braços. Que agora, longe da dor, continues grande, brilhando e encantando, em outros planos, outras almas. E que, com a possibilidade de consciência, lembre de um pedacinho seu que deixou em cada um de nós, que hoje, lamentamos tua ausência, tua essência. Muito obrigada professor Hermes...
Doutor, Hermes.
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