Chapadão do Lageado
E a chuva não dá trégua!
Chove com tanta vontade,
Que cospe o rio do seu leito,
com muita facilidade...
E a chuva que cospe o rio do seu leito deu uma trégua,
as nuvens foram se afastando de mansinho,
permitindo que até o sol, timidozinho,
desse o ar de sua graça.
Então a chuva, que descansa vez ou outra, só tomando fôlego para acariciar com mais vontade a terra já ensopada, segundo previsões, logo logo estará de volta. Olhar da janela o rio subir parece até engraçado. Do segundo andar e protegidos da chuva, nada parece nos abalar. Ledo engano. A cidade adormece, fica letárgica tentando retardar que a água invada mais casas, destrua mais equipamentos, afogue outros sonhos. A água que não nos atinge as canelas, atinge a alma. Atinge os vizinhos da rua de trás. Atinge os comerciantes que perderão o sorriso do rosto, o alento do coração. Atingirá ainda mais pessoas, visto que sobe a olhos vistos. Que consigamos honrar a chuva que lava a sujeira e façamos de amanhã um novo dia, com menos hipocrisia, menos gente inescrupulosa, menos inveja e mais vontade de vencer por seus méritos... E já que a maioria atribui tudo a Deus, que a chuva não seja em vão...
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