Ratones - 31/12/2013
Adoro tempestades, acho-as lindas.
Não há nada mais gostoso do que poder deliciar-se em um banho de chuva, daqueles que se lava até a alma e se tem a sensação de sair vazio da rua. Ao adentrar em casa, desmanchando-se em água, tem-se a sensação de que com ela desmancham-se todas as dores que se carrega do mundo. Também gosto de admirar os raios, a formação de nuvens, entregar-me ao vento, que normalmente vem antes da chuva. Muitos têm medo, eu tenho admiração e fascínio. Não fosse o 'perigo' de ser atingida por um raio, ficaria na chuva, contemplando o trabalho da mãe natureza e me beneficiando de suas lágrimas, de alegria ou tristeza... Fim de ano, casa de um amigo, plenitude... Para fechar o ano bem, a sábia natureza tratou de enviar uma de suas melhores e mais bonitas tempestades. Lavou a alma, as árvores, os gramados, os pássaros e tudo ficou repleto de paz... Como só uma mãe, aquela que é mãe por escolha e sabedoria, pode fazer. Lavou e deixou semi novo, para que haja um recomeço, um reinício, nunca um retrocesso. E assim, quase de cara nova, permito-me relembrar com um regozijo, os dias de descanso e paz, em Ratones.
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