A tarde fria perde mais calor do que
o fogão a lenha pode propiciar.
A amizade é um bom combustível,
aquece corpo e alma.
Enquanto os amigos se acomodam em
torno do fogão, descasco as maçãs para o chá e panquecas.
A conversa agradável para em função
do perfume que emana da panela de vidro, que permite ver a dança entre as
cascas de maçã, pedaços de gengibre e rolinhos de canela no chá quase pronto.
Levo à mesa as panquecas empilhadas,
as maçãs à brunoise perfumadas com
limão siciliano e termino a trufa.
O silêncio só é quebrado pelo
delicado barulho da fonte.
Esqueço o frio de fora. É intenso o
calor na cozinha.
Crônica feita na Oficina de Crônica de Saulo Adami em Brusque, 4 de junho de 2016.
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